FICHA TÉCNICA
Filme:
Coração de Cavaleiro (2001).
Diretor:
Brian Helgeland.
País:
EUA.
Idioma
original: Inglês.
Duração:
132 min.
Gênero:
Aventura.
Sobre o diretor:
Brian Helgeland
(1961) é roteirista, produtor de cinema e diretor. Mais conhecido por escrever LA Confidential, pelo qual recebeu um
Oscar, Mystic River e A Nightmate on Elm Street 4: The Dream
Master. Além de receber o Oscar no mesmo fim de semana, em 1998, recebeu um
“prêmio” Razzie, como pior roteiro pelo filme The Postman. Foi a quarta pessoa da história a aceitar a estatueta
Razzie voluntariamente, declarou que iria exibir os dois prêmios lado a lado
para lembrá-lo da natureza exótica de Hollywood. Os únicos filmes relacionados
com a Idade Média é Coração de Cavaleiro e
Hobin Hood.
Sobre os cavaleiros medievais:
Para ser um
cavaleiro medieval era preciso ser um integrante da nobreza, além de precisar
de treinamento e armas. Muitas vezes recebiam terras e direitos de cobrança
para defenderem a propriedade de um senhor feudal. Aos sete anos de idade, o
jovem aprendia sobre equitação e como utilizar as armas, aos doze ele era
transformado em um escudeiro e acompanhava o seu senhor nos campos de batalha,
aprimorando sua condição física nas lutas, corridas e desafios de esgrima.
Entre os 18 e 20 anos se transformava em cavaleiro. Nas situações de guerra, um
cavaleiro não poderia sobreviver muito tempo sem que estivesse acompanhado de
seu cavalo, Sem ele, a morte em batalha era quase certa.
A Igreja
Católica exerceu grande influência no processo de composição das cavalarias.
Para os clérigos, as ações dos cavaleiros deveriam defender a moralidade da
religião cristã. Uma das influências da Igreja se dava na cerimônia religiosa
que tornava o nobre um cavaleiro. Nessa cerimônia o indivíduo jurava seguir os
princípios da fé e da moralidade cristã.
O filme:
A história se
passa no século XIV. William Tatcher é um camponês e quando criança seu pai o
entrega para os cuidados de um cavaleiro para que um dia ele chegasse a ser um.
Porém, nem todos podiam ter esse título, já que para ser um, era preciso ser
nobre, algo que William não era. Porém, quando seu patrão Sir Ector morre antes
de participar de um torneio para cavaleiros, William resolve substituir o
falecido e finge ser o nobre Ulrich Von Lichtenstein, isto tudo com a ajuda de
seus dois amigos. William acaba vencendo o torneio e não desiste dessa
“brincadeira”.
O jovem sai em
busca de outras batalhas, porém a situação complica, pois ele não é nobre e não
tem as patentes de nobreza. Essas patentes seriam as que caracterizam o nobre
em duque, marquês, conde, visconde e barão. Por sorte, encontra no meio do
caminho um escritor desempregado chamado Chauncer, que em troca de comida e
roupa monta uma patente de nobreza para o falso cavaleiro. Numa destas batalhas
se apaixona pela jovem Jocelyn, que diferente dele era da nobreza. Porém, esse
amor é disputado por Conde Adhemar, motivo pelo qual William sempre quer lutar
com o Conde.
Em um momento do
filme, o príncipe Edward esta participando de uma batalha, mas disfarçadamente,
pois se alguém soubesse quem ele era, não iria lutar. E foi isso que aconteceu:
os cavaleiros descobriam a verdade e se recusavam a lutar. Mas, William não
desistiu e batalhou com o príncipe, adquirindo respeito deste.
Apesar de ser
uma aventura, o diretor dá atenção ao amor do personagem principal. Jocelyn,
então, pede para que William perca a competição como prova de amor. No começo
ele resiste, mas na hora de competir acaba fazendo o que a amada quer.
Ao final do filme,
William vai atrás de seu pai que está cego e conta para ele que está vivo.
Porém, é seguido e todos acabam sabendo de sua verdadeira identidade antes da
sua batalha mais importante com o Conde Adhemar. Ele é condenado à morte, mas é
salvo pelo príncipe Edward como recompensa por ter lutado com ele na outra
batalha. É nomeado Sir William pelo mesmo, permitindo que continuasse na
competição. Sir William vence o Conde e fica com a Jocelyn.
Apesar de
retratar em detalhe o universo dos cavaleiros, encontram-se algumas
incongruências no filme. Talvez por ser um filme de aventura com tendências
para a comédia. Por exemplo, no começo do filme os torcedores da arena cantam a
música We Will Rock You, do Queen.
Além das músicas com ares modernos, as roupas e penteados dos personagens
também foram adaptados, principalmente de Jocelyn que aparece com o cabelo bem
contemporâneo. Mas, são técnicas que atraem e prendem o telespectador ao filme.
O filme é bom
para trabalhar na sala de aula, pois aborda um dos principais temas
relacionados à Idade Média que é a nobreza. Uma proposta para se trabalhar em
sala de aula é pedir para que os alunos identifiquem símbolos que caracterizam
a nobreza na Idade Média. A partir disso, comparar com a sociedade brasileira,
analisando quais seriam os símbolos que atualmente caracterizam a classe mais
alta do nosso país.
Por Thayná Schlichting de Souza
Aluna do curso de História FAED-UDESC
Turma de História Medieval 2013/2